Caiohbf
O que sobra da minha cabeça.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
hmmm...
Nao. Minha mente nao sabe andar só. Precisa de um livro, filme ou musica para guiá-la. Qualquer estrada que a tire do caminho para a perdição
e o melhor de tudo: eu so percebo esse tipo de coisa quando ja é tarde demais. Mas isso é coisa pra depois. Agora, vou calar a voz que ama, pra ver se pelo menos consigo dormir. Amanha eu resolvo isso. Amanha eu o aposento. Hoje, deixa ele sonhar. Deixa eu me alimentar em qualquer fiapo de esperança, olhar torto ou mensagem oculta. Deixa, mesmo que isso signifique que arranca meu coração quando for embora.
domingo, 5 de dezembro de 2010
strings
There are strings that bound us all.
These bonds come and they must go.
Sooner or later, they go.
Their very existence is proof of their end.
But, for good and bad, I’ve found,
in the middle of my chaos,
a bond that cannot be broken.
And shines on
eternal,
untouched,
complete,
endless, everlasting.
Aching in its very core,
screaming its perfect beauty.
I’ve found you,
a bond that never existed.
Cos' what never came can't go.
and now that i know,
i can't make it go.
it can only grow.
I don't hurt anymore
All my teardrops are dried
No more walkin' the floor
With that burnin' inside
Just to think it could be
Time has opened the door
And at last I am free
I don't hurt anymore
No use to deny I wanted to die the day you said we were thru
But now that I find you're out of my mind I can't believe that it's true
I've forgotten somehow that I cared so before
And it's wonderful now I don't hurt anymore
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
General
As lendas contam
de um grande general
que quase ganhou uma grande guerra.
Ele não parava por nada,
e todos viram quanto poder ele tinha,
quando ele marchava sobre as cidades.
E seus inimigos simplesmente desistiam
e as batalhas se venciam sozinhas.
Mas a guerra tem seu preço.
Ele era um general d'uma grande guerra
e muitas vidas tinha tomado.
E quantas vezes ele tinha calado
e deixado o sangue lavar a terra?
E ele não aguentou, e quis parar.
Mas a guerra nunca muda.
Ele parou, e deixou de marchar.
Por um dia, ele parou.
Por vinte e quatro horas, ele se fez estático.
E a matança cessou seu ciclo automático.
Nesse dia a guerra acabou.
E seu país perdeu.
Seu mundo deixou de existir.
Ele era um general numa grande guerra
que sua vida tinha tomado.
Mas quando ele se fez parado,
foi seu sangue que lavou a terra.
sábado, 24 de julho de 2010
Razão
e fez dos fatos feitos fatos coração,
para aguentar partir sem pranto.
E mandou calar o fastio da saudade,
que uivava para a lua que não mudava.
E pôs suas luvas sobre a estrada,
e pôs a mesa sob a lua.
E jantou em andança,
com a mesa sobre as luvas,
caminhando e comendo e seguindo e dançando.
E andou rumo ao sol,
o sol dos sem rumo.
Andando só para evitar a estase,
num êxtase de ócio negro e doentio.
A estrada era negra como a noite
e clara como o dia
e laranja como o entardecer
e toda vermelha com o cansaço.
Foice
Foi-se há tanto...
A dor da foice que ceifa
é a mesma da que caminha
Foi-se a seiva da relação
Foice que quebra o encanto
Foi-se a alegria
Foi se romper o pranto
no entanto
A foice sela o espanto
Portanto
O sangue que foi-se é do peito
que o talho da foice foi feito
Mas
O sangue do foi-se é negro
Escorre do espirito
E mata a rima,
E quebra a musica.
E doi, doi tanto!
Noite
Eu vejo o céu
Vejo o tecido negro,
Permeado por infinitas estrelas,
E tudo o que quero
É reunir cada brilho e cada treva -
Juntar tudo, e fazer um cobertor.
Para embalar teu sono,
E pra animar nossas horas despertas.
E, antes que gritem em protesto:
Eu clamo que lembrem do homem-pássaro, de Da Vinci,
E dos aviões.
Jornada
Navegamos num oceano sem destino -
nossos mapas chamuscados pelas estrelas,
os astros cobertos por sua fumaça,
que também encobre os faróis.
E antes que possamos achar rochedo
pra danar nosso casco à morte
eu paro e oro em medo:
eu renego o mando de minha sorte.
Dez anos nós nadamos
em busca de ouro e de sonho
porém, fato seja, nada achamos
exceto o futuro: irônico, risonho.
Nossos pais morreram,
Nossos filhos são já pais
Nossas mulheres se perderam,
E hoje temem nosso cais.
Já passaram as nossas vidas
morremos todos no mar.
Então tragam mais bebidas:
morreremos também no bar!